Dorme, acorda

A hora do sono dos bebês sempre é uma grande questão da maternidade. Você recebe num dicas, mas na verdade cada família tem seu jeito.
Aqui em casa é assim: deu a horinha, vamos pro quarto, mamãe dáde mamar até ele dormir e coloca no berço, fecha a porta e boa.
Enquanto isso na sala é instituído o momento do profundo silêncio, até os espirros são repreendidos, afinal, o bebê está dormindo.
Lá pelas tantas ele acorda, começa o processo: mamar-dormir-colocar  o berço, no qual muitas vezes, eu digo, muitas vezes MESMO, não é bem sucedido. Seja pelo latido do cachorro, pela moto que passa na rua ou por um suspiro da mamãe, o ciclo é interrompido com um choro e um olhinho aberto.
Sei que começam mentalmente os pedidos ao bebê "filho, agora a mamãe vai te colocar no berço, fique bem lindinho dormindo até amanhã de manhã, eu estou no quarto ao lado, não se preocupe". Ok. Primeira tentativa de colocar no berço - falha.
Vamos lá para a segunda tentativa, você já pensa que está ousada demais e se conforme em dormir apenas mais duas horinhas: "filho, assim, deixa a mamãe dormir pelo menos 2 horas seguidas, tá?!". Ok. Segunda tentativa - falha.
O negócio tá tenso, como não pensei nisso antes? Deus! Claro, vou pedir ajuda a Ele, afinal, Ele sabe o quanto eu preciso descansar. Vamos lá "Pai, tu sabes, me libera nem que seja 2 minutinhos, que é o tempo de eu dar um pulo no banheiro e voltar. Eu até volto pra dormir com ele no colo, mas minha bexiga está explodindo."

É pra chorar de rir da condição alheia, eu sei. Mas aqui em casa rola disso às vezes.

Ou toca, ou não toca.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca.

 Clarice Lispector

Síndrome de "eu sou baby - tem que me amar!"

Tem gente que é tão carente que parece o baby do desenho Família dos Dinossauros.

Pessoas que se apegam facilmente a outras e encara os relacionamentos como a solução de seus problemas. Na realidade essas pessoas são pessoas carentes e fragilizadas que querem envolvimentos e não compromissos com a vida da outra pessoa.

Começam um relacionamento amoroso ou não, mas se a outra pessoa não corresponde exatamente às expectativas dela ela manda a outra passear e diz “não serve pra mim”. Será que você serve para alguém?

Isso é prova de pessoas que só conseguem se relacionar com pessoas iguais a ela.

Para mim, sinceramente são pessoas que não conseguem nem se relacionar consigo próprio, pois, detesta o que sabe a seu respeito, mas para todos os efeitos “todos devem me amar como sou, se não, tchau!”.

É legal se valorizar, mas é ainda melhor saber quem você é para Deus, como Ele te enxerga, porque quando entendemos como o Senhor nos vê temos clareza de que se confiamos nele: a solidão é passageira, a carência é suprida e que você é extremamente amado e aceito por Deus e não precisa se impor ou mostrar algo que você não é para os outros.

E para os relacionamentos amorosos ainda faço a ressalva que amar é questão de decisão e não de sentimento. É ter a missão de fazer seu cônjuge feliz sem visar seu bem-estar (afinal Deus cuidará de ti).

Por: Julie Christie

A restauração

A restauração que você deseja pode não ser a que Deus tem pra você.

Percebe-se que muitas das revoltas, indignações e frustrações que as pessoas sentem é porque elas acharam que Deus faria uma restauração na vida delas de um jeito que ela queria, mas Deus (sempre surpreendente) fez de outro jeito.

Essa decepção só acontece porque botamos a frente de Deus aquilo que queremos. A real é que queremos planejar por Deus as coisas.

- Se você não foi curado é porque a restauração que Deus tinha pra você não era a cura, mas era justamente você se reaproximar da sua família, ter tempo a sós com Deus para contemplá-lo, sair da correria.

Se você não teve seu casamento restaurado é porque Deus quer que você aprenda que carência nenhuma é suprida em alguém, que você depende só dEle pra ser feliz  e não do seu cônjuge, entre outras razões muito mais profundas e complexas que só o Senhor sabe.-

 "Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos", declara o ­Senhor.” (Is 55:8)

Que chateação não sermos correspondidos como queremos não é?! Pois é! É por causa da soberania de Deus que essas coisas acontecem, pois, Ele determina exatamente cada situação da nossa breve vida.

Criemos a partir de hoje expectativas quanto ao que havemos de viver no céu, porque lá é eterno.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2 Cor 4:17,18)

Por: Julie Christie

Uma postura aberta é como uma porta aberta

Uma breve digressão: há nas crianças uma assombrosa abertura a novas ideias e um desejo insaciável de aprender com a vida.

Uma postura aberta é como uma porta aberta – uma disposição receptiva para aqueles que batem à porta no meio do dia, no meio da semana, no meio de uma vida. Alguns desses são sugismundos, deselegantes, desgrenhados e desalinhados.

O adulto sofisticado em mim estremece e reluta em oferecer-lhes hospitalidade. Eles podem muito bem estar carregando preciosas dádivas sob seus trapos surrados, mas prefiro ainda assim cristãos bem barbeados e impecavelmente trajados, de pedigree assegurado, que aceitam a minha visão, ecoam os meus pensamentos, dão-me tapinhas nas costas e fazem com que eu me sinta bem. Mas minha criança interior protesta: “Eu quero amigos novos, não espelhos velhos!”

Quando nossa criança interior não é cultivada e nutrida, a mente fecha gradualmente a novas ideias, a compromissos não lucrativos e às surpresas do Espírito. A fé evangélica é trocada por uma piedade aconchegante e confortável. 

A ausência de vigor e a falta de disposição em arriscar distorcem Deus à forma de um guarda-livros, e o evangelho da graça é trocado pela segurança do cativeiro religioso. “Se não vos tornardes como crianças”...O céu estará repleto de gente com cinco anos de idade.

Do livro: O Evangelho Maltrapilho – Brennan Manning.

Arrasadas por dentro engomadas por fora

Igrejas cheias de gente arrasada por dentro e engomadas por fora.

Não é isso que Deus quer pra nós, escravidão à religiosidade. Jesus pagou a alto preço para que tenhamos uma vida cheia de graça.

É bem verdade que Deus não tá nem aí para o quanto você parece bonito, em forma e cheiroso, se tem algo que Deus gosta é de pecadores arrependidos que buscam santificar-se de verdade.

Você não precisa mascarar aquilo que você é porque Ele te conhece do avesso.

Sonho com o dia em que o arrependimento será o tema da maioria das pregações ao invés de “sua benção está chegando”. De fato é “bem bom” ser feliz, mas é melhor ainda ser íntimo do Pai.

Se você quer chegar à restauração, alegrias e fins felizes antes do arrependimento, humilhação, dor, choro, lhe digo meu caro isso vai lhe custar muitos anos de busca sem encontro.

Assuma o que você é se arrependa, leia a bíblia e pratique ela, por mais que lhe custe sua fama.

Julie Christie