quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Uma postura aberta é como uma porta aberta

Uma breve digressão: há nas crianças uma assombrosa abertura a novas ideias e um desejo insaciável de aprender com a vida.


Uma postura aberta é como uma porta aberta – uma disposição receptiva para aqueles que batem à porta no meio do dia, no meio da semana, no meio de uma vida. Alguns desses são sugismundos, deselegantes, desgrenhados e desalinhados.
O adulto sofisticado em mim estremece e reluta em oferecer-lhes hospitalidade. Eles podem muito bem estar carregando preciosas dádivas sob seus trapos surrados, mas prefiro ainda assim cristãos bem barbeados e impecavelmente trajados, de pedigree assegurado, que aceitam a minha visão, ecoam os meus pensamentos, dão-me tapinhas nas costas e fazem com que eu me sinta bem. Mas minha criança interior protesta: “Eu quero amigos novos, não espelhos velhos!”

Quando nossa criança interior não é cultivada e nutrida, a mente fecha gradualmente a novas ideias, a compromissos não lucrativos e às surpresas do Espírito. A fé evangélica é trocada por uma piedade aconchegante e confortável. 

A ausência de vigor e a falta de disposição em arriscar distorcem Deus à forma de um guarda-livros, e o evangelho da graça é trocado pela segurança do cativeiro religioso. “Se não vos tornardes como crianças”...O céu estará repleto de gente com cinco anos de idade.


Do livro: O Evangelho Maltrapilho – Brennan Manning.

Nenhum comentário:

Postar um comentário